domingo, 22 de agosto de 2010

14 semanas.

Estamos no final das 14 semanas. Saudades de ver o bebe pelo ultrassom. A última vez foi com 12 semanas e ainda vai demorar um pouquinho. Minha próxima consulta com a médica será com 17/18 semanas. Provavelmente farei outra ultra com 20 semanas. Estou muito ansiosa por esse dia pois será quando saberemos o que o nosso bebe tem. Faremos tambem a ecocardiografia para verificar alguma cardiopatia congenita. Por enquanto estou tranquila, às vezes nem tanto mas vamos levando com ffé e confiantes.

O primeiro susto.

10 semanas procurei uma médica para continuar o pre natal. Nao gostei dela. Tirando as 3 horas que aguardei para ser atendida eu achei a médica muito atrapalhada. Ela me deu uma guia para fazer omorfológico do terceiro trimestre. Mas não voltaria mais lá.
marquei tambem com outra médica. Dra Cristina. gostei dela beeem diferente e decidi que faria o acompanhamento da minha gravidez com ela.

Na 11 semana fui fazer a ultra. Um susto, um pesadelo. A medida da translucência nucal estava aumentada. Aliás muito aumentada. A medida doi 5,0 mm onde o normal
e até 2,5mm. A TN é importante pois ela afasta ou não possíveis alteraçoes cromossômicas como a síndrome de Down. Não é um diagnóstico mas ela, juntamente com outros fatores pode indicar uma probabilidade maior de malformações cromossômicas e/ou cardiopatias congênitas.
No caso, além da TN aumentada havia alteração no ducto venoso ( reverso). Nao foi comentado no laudo e nem pelo médico se houve ou não a visualizaçao do osso nasal. Outro indicativo da sindrome de Down. Ficamos apavorados. Chorei muito, fiquei mal. Decidimos fazer novamente em outro local dias depois. Mas só veio a confirmar o primeiro ultrassom.
A partir daí começa um período tenso, de esperança, onde tudo pode acontecer. Mas não sabemos o que irá acontecer. A indicação é de fazer amniocentese, onde é possível saber se o bebe tem alguma síndrome. Mas por ser um teste invasivo, onde é retirado uma quantidade de líquido amniótico para análise. Decidimos não fazer até porque não há nada que podemos fazer para reverter caso o cariótipo não seja normal. Além disso no morfológico do terceiro trimestre será possível identificar uma possível síndrome. Ou confirmar já que os médicos foram muito pessimistas. Decidimos aguardar. Por enquanto estamos bem. Com momentos de altos e baixos, mas otimistas e pedindo a Deus para que aconteça o melhor para o nosso Bebê.
é claro que tudo isso faz a gente pensar muuuito. em tudo aliás. Todo mundo sonha com um filho perfeito. Eu também. Mas considero uma benção ter um filho, de qualquer forma. Ainda me considero abençoada por ser mãe. Seja do filho que for.

As primeiras 10 semanas.

Seis semanas. A ficha só caiu agora. Muito ansiosa pela primeira US depois de grávida. Visualizamos o nosso bebe pela primeira vez. Estava lá... lindo... era um sonho e agora realidade.
Contamos para as nossas mães. Nem precisamos contar para mais ninguem, minha mãe tratou de fazer. Nem adiantava impedir. fazer o que, deixa ela... mas eu mesmo não contei a ninguem, não fui ver ninguem e portanto não falei com ninguém. Por enquanto seria um momento somente nosso. Preferimos assi e assim foi.
O acompanhamento foi a cada duas semanas. Na ultra de 10 semanas, vimos o bebe mexer pela primeira vez. Tudo em ordem, foi um dia feliz e tambem me emocionei. Dr Georges nos liberou para seguir o pré-natal como qualquer outra gravidez. Passou um filme pela minha cabeça. Há a;lguns meses atrás chegávamos lá com um monte de exames, dúvidas e esperanças e agora saímos de lá realizados com o nosso bebê!

Esse período foi marcado por muitas náuseas, enjôos ou sei lá o nome que se dá para todo aquele mal estar. Principalmente a noite me sentia mal. Emagreci 2 quilos! Esse foi o lado bom!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Beta: 88,5 Positivo!

Gente, isso mesmo! Estou grávida! Quando vi o resultado explodi de alegria. Chorava e sorria ao mesmo tempo. Me ajoelhei, agradeci a minha santinha, agradeci aos céus! Fui abençoada. Chorei, chorei, chorei... imprimi o resultado e quando meu marido chegou entreguei o resultado pra ele e não disse nada. Ele olhou, olhou... deve ter dado mais uma olhada para ter certeza, olhou pra mim e sorriu! Nos abraçamos e choramos muito... Sabia que iria chorar nesse dia mas felizmente choramos de alegria!
Dr Georges me ligou, parabenizando, perguntando se estava feliz... imagina se não estava!
Ele me disse para continuar com as medicações e que a primeira ultra seria dali 2 semanas.

Pelas contas começava aquele dia a 4 semana. A Ultra então seria com 6 semanas.

10/06/2010 - D11 - O Beta

Finalmente chegou o tão esperado dia do Beta. Seria agora os finalmente, quando a minha espera chegaria ao fim. Chegava num divisor de águas pois aquele dia determinaria o meu caminho a seguir. Ou começaria tudo de novo, ou prosseguiria naquele tão esperado sonho de ser mãe.
Levantamos cedo, fui a um laboratório que no dia anterior havia me informado que o exame sairia no mesmo dia. Não poderia ser diferente pois, esperar mais um dia seria terrível!
Porém chegando lá descobri que me informaram errado: o resultado do beta quantitativo sairia somente no dia seguinte, aff! ainda bem que perguntei novamente pois eu acabei não fazendo lá. Fomos a um outro laboratório perto de casa que me informou lá que ficaria pronto no mesmo dia, ufa!
Começava então a espera. A clínica do Dr Georges me ligou perguntando se havia feito o exame. Passei então o protocolo e senha para eles acompanharem também o resultado. O laboratório prometeu o resultado as 16 horas. Mas pela minha experiência naquele laboratório o resultado costumava sair antes do prazo estipulado. Então ficava entrando no site para verificar se o resultado estava disponível.
Meu marido naquele dia foi ao dentista, até o horario que ele saiu, as 13 horas não havia resultado. Por volta das 14 horas, olhei novamente e, para a minha surpresa, o resultado estava lá.

Nidação?

Sempre li sobre nidação. Dizem que nesse período pode ocorrer um pequeno sangramento. Não é regra, varia de pessoa. Considerando a data e a forma como ocorreu aquele pequeno sangramento deduzi que seria a tal da nidação. O que seria um ótimo sinal! Só que eu, sempre neurótica fiquei com um pé atrás. Com medo de pensar no melhor e depois acontecer o pior. Para a minha alegria estava no D10, meu beta seria no dia seguinte e nem sinal de sangramento.Um alívio.

D9 - Outro Susto!

Nove dias após a transferência, D9 levei um susto. A noite fui a faculdade, havia a apresentação de um trabalho. Saí de casa com um absorvente, pois a calcinha fica toda suja por causa da projesterona. Quando chequei em casa, um susto: ao ir ao banheiro, vi uma corzinha um pouco rosada no papel higiênico. Passei novamente o papel e nada. Sabe o teste do cotonete? Não sei se já mencionei aqui. Coloquei o cotonete na vagina e ele saiu um pouco marrom. Aquele marrom tipo borra de café que ocorre no início da menstruação. Nossa, fiquei desesperada. Não disse nada para o meu marido. Preferi esperar. Resolvi me deitar, na esperança de me acalmar um pouco. Coloquei a progesterona e fiquei lá deitadinha. Mas me passou um filme na minha cabeça. Comecei a chorar desesperadamente, achando que não havia dado certo. Terrível. Desespero total. Até que, sei lá quanto tempo depois eu dormi.
Quando levantei no dia seguinte, nao vi mais nada na calcinha. Graças a Deus não havia mais sangramento. Quando a progesterona começou a sair vi na calcinha um pontinho escuro. Vi que, misturado ao creme da progesterona havia um pouquinho de sangue. Não me assustou porque entendi que aquilo ainda era da noite passada que ficou lá quando me deitei e só saiu agora que me levantei. Fiquei de repouso o dia todo, graças a Deus não aconteceu mais nada.

Pós Transferência - A Terrível Espera

Saímos da clínica emocionados e felizes. O médico orientou repouso. Continuaria com as mesmas medicações. Não esquecendo de maneira alguma a Progesterona e o Estrogênio. Fiquei aquele domindo e segunda-feira de repouso. Repouso mesmo! Curioso que, durante o caminho pra casa meu marido até ia mais devagar, para não chacoalhar muito o carro... hehehe
Meu beta seria no dia 10/06. Uma espera terrível... angustiante. Nesse período passa tudo pela nossa cabeça. Sentimos muitas coisas, sintomas que na verdade se deve a medicação que tomamos. Mas a gente fica sempre pensando: será que é o nosso bebê? Passei 11 dias assim. Felizmente estávamos de férias e ficar em casa ajudou muito. Houve dias que acordava otimista e outros pessimista. Tinha dias que chorava, outros sorria. Meu corpo era uma confusão. No início estava inchada, ainda sensível nos ovários por causa da punção, seios doloridos que estavam antes mesmo da punção. Senti náusea uma ou duas vezes, dores de cabeça que, acho que era por consequência do choro. Pontadas e queimaçoes no lado esquerdo da barriga e algo parecido com cólicas também eram frequentes. Muita vontade de fazer xixi e sede também. Lá pelos 5, 6 dias após a transferência senti que o meu corpo voltava ao normal. Me senti menos inchada, os seios nao ficaram tão doloridos. Às vezes nem sentia nada.

A transferência - 30/05

No sábado, dia 29/05 a Patrícia, embriologista me liga dizendo que os meus dois embriões estavam evoluindo muito bem e confirmou a transferência para o dia 30. Fiquei aliviada mas não perguntei mais nada. Preferi me apegava ao que ela disse para aguentar até o dia seguinte.
No dia 30/05 estávamos novamente na clínica para buscar os nossos bebes.
O Doutor nos chamou e tivemos a primeira boa notícia: Contou o quanto o nosso caso foi interessante pois, da forma como estava indo ninguem podia imaginar que tão poucos óvulos fossem evoluir. O que o deixou muito estressado mas, felizmente, os únicos dois evoluíram muito bem. Ele nos mostrou a foto dos dois embriões... que lindos!!!! Com 8 e 9 células e quase nada de fragmentações. uma boa notícia. Se houvessem mais embriões, certamente estes seriam os possíveis escolhidos para transferir a não ser que houvessem outros com a mesma qualidade. Isso nos deixou mais tranquilos. O maridão me acompanhou na transferência, ficando lá, do ladinho... Foi lindo e me emociono até agora, ao ver aquele pontinho branco na tela do ultrassom dentro do meu útero. Eram os meus bebes agora dentro de mim... Nesse momento não aguentei e as lágrimas vieram... Um alívio depois de tanta espera e depois de tanta angústia. Nosso sonho estava ali... bem perto de ser realizado!

28/05/2010 - Susto!!!!

No dia seguinte a punção, pela manhã, a clínica me informou que, dos 14 óvulos, apenas 8 estavam maduros. Porém dos 8 apenas 2 óvulos evoluíram! Nossa, ninguém esperava por isso. Fiquei muito preocupada pois até então ninguém sabia como seria essa evolução, se continuariam a evoluir... enfim, desespero total. A transferência ficaria então marcada para o domingo, 30/05. Se tudo ocorresse bem. Imagina como a gente fica numa hora dessas... passou um filme pela minha cabeça e de repente, poderia terminar ali... sem nenhum embrião para transferir. Eu que sempre pensei que teria embriões até para congelar... foi uma decepçao. Sei que, para realizarmos o nosso sonho não precisaríamos mais que dois. Mas nao sabíamos se teríamos esses dois para transferir no domingo.

A punção - dia 27/05/2010

Muito ansiosa meu marido e eu comparecemos na clínica as 8 horas. Logo o médico nos chamou, conversei com a enfermeira que me explicou os procedimentos. Correu tudo bem. Não vi nada, não senti nada. Acordei quando havia terminado. Enquanto fazia a punção meu marido fazia a parte dele. Fiquei por uns 30 minutos em repouso, tomei um chá, bolachas e soube que foram aspirados 14 óvulos. Segundo o médico um excelente número. Considerando também os exames de estradiol e progesterona que fiz antes da punçao, cujo os valores também foram normais o doutor descartou a possibilidade de hipertímulo. O que é muito bom. Fomos para a casa e ficamos no aguardo.

Retomando...

Um longo caminho até aqui. Muito mais do que podem imaginar. Marcados por altos e baixos, momentos de depressão, crises de choros, inseguranças... fugi de tudo, aposentei meu lap top...

Mas como o objetivo desse blog é de registrar esses meus momentos retomo agora fazendo uma retrospectiva do dia 27/05 até o presente momento.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O acompanhamento dos folículos.

A fase do Gonal foi tranquila. As picadas não foram doloridas, alguns pontos roxos que vez ou outra apareceram na minha barriga, fiquei um pouco inchada também. Sentia um pequeno desconforto na região dos ovários... mas tudo isso era esperado. Fora do normal felizmente não aconteceu nada.
Na primeira US, dia 20/05 os folículos estavam com 7,8,9,10 e 11mm. Eram cerca de 18 folículos. Dr Ficou muito satisfeito. Fiquei tranquila pois estava com medo. eu e as minhas neuras.
Continuei com o Gonal na mesma quantidade. 187,5. no dia 22/05 eles estavam com 14,15,16 e 17... cresceram bem!! No dia 24.05 tomei a ultima injeção do Gonal e do Lupron. Dia 25 foi a ultra e os folículos estavam com 18,19,20 e 21mm. Nesse dia fiz exames de sangue e no dia 25.05 as 22:30 apliquei Ovidrel. A transferência dia 27 as 09:30!

sábado, 15 de maio de 2010

O início do Gonal

Comecei hoje como Gonal. Fui ao Dr Georges, fiz US, tudo ok e comecei a minha primeira picada. Ele parecia mais animado que eu! Um amor de pessoa.
O Gonal é para estimular a ovulação. A idéia é conseguir uma boa quantidade de óvulos em condições de ser fecundados. Através de US esse crescimento é acompanhado até chegar o momento da punçao, onde ocorrerá a retirada dos óvulos... Ai que ansiedade!! Sempre com aquela preocupação: "Será que vai dar certo?" Meu Deus!! Vai dar sim!!!!
E eu, novamente com as minhas neuras... apesar de que hoje o meu dia foi tumultuado. Passei na faculdade, fomos almoçar, voltei para casa, dormi e a tarde nossos amigos chegaram em casa e tivemos uma ótima notícia: O Rodinei e a Janaína irão casar! Ficamos muito felizes pois nos convidaram para padrinhos. Saímos para jantar... tudo muito agitado. Gostamos que seja assim. Ajudou a distrair e desviar um pouco os meus pensamentos.
Mas sei lá... eu e as minha neuras!! Já falei aqui que tudo isso mexe com cabeça da gente. Não sei dizer o que sinto exatamente. Hoje foi o início de uma nova etapa do tratamento... sinto tudo cada vez mais perto. Meu marido hoje já fez vários comentários sobre gravidez, bebe ou bebes... fico com medo. Sei que se não der certo ele ficará muito triste. Não gostaria de vê-lo passar por isso... ele quer tanto! Claro que também quero mas acho que é da natureza da mulher sempre se preocupar com os outros, de achar que temos que ser mais fortes para poder ajudar o outro a se levantar... sei lá gente. Isso tudo está sendo muito difícil pra mim. já chorei hoje de novo... não sei como tudo vai terminar. Sonho com final feliz, torço para que seja... às vezes fico mais confiante mas tem horas que bate um medo... Mas é isso, tenho que enfrentar e se Deus quiser tudo terminará com o nosso filho nos braços!!!!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

"Miss Red" Cadê você!!

A tal da Monstrenga, ou como diz uma amiga fivete, a "Miss Red" merece um capítulo só para ela.
A menstruação é um marco para nós. Pois é o início de uma nova fase do tratamento: o da indução. Nunca ela foi tão esperada mas continua igualmente temida. Pois enquanto ela teima em não aparecer ficamos loucas, em pânico e imaginando mil coisas! E logo após a sua chegada, esperamos que ela só volte ao final dos 9 meses!

Felizmente hoje, Sexta-feira, ela veio com tudo... O Lupron agora vai somente até a marquinha do 5 da seringa.
Continuo com o ácido fólico, vitaminas C e E e o Buferin Cardio.
Liguei para o médico e amanhã, sabadão as 8 horas voltarei na clínica. Começarei uma nova fase. Agora com o Gonal! Graças a Deus!!
Estou mais feliz, confiante... Como já mencionei a fase deprê deu um tempo... nesse período parei um pouco de sonhar com bebês, gravidez... Andei muito cansada por esses dias. Muito tensa com o trabalho, faculdade, tratamento... tudo junto! Stress Total!!

FASE LUPRON

Comecei com o Lupron dia 30/04. Para quem não pertence ao mundo das Fivetes e não sabe o que é Lupron, ele é utilizado na FIV como um bloqueio e controle da ovulação para na hora da indução os ovários responderem melhor a indução e os folículos crescerem proporcionalmente.
É um medicamento administrado por injeção. a minha dose diária inicial foi até a marquinha do 10 da seringa. Pouco, mas eficiente.
Como efeitos colaterais, o Lupron favorece o risco de cistos ovarianos e pode causar efeitos típicos da menopausa como sensação de calor, secura vaginal, insônia e dores de cabeça. No meu caso, meu maior efeito colateral foram as dores de cabeça. Além, claro, de alguns hematomas na barriga por causa das injeções... básico!!

Utilizei o Lupron na marquinha do 1o até a minha menstruação chegar. Esse foi mais um motivo do meu estresse: a monstrenga não vinha!! Que agonia... esperar, esperar e nada...
Sentia muuuitas dores nos seios, pequenas cólicas e nada.

Diante desse cenário tenebroso liguei para o meu médico e com 5 dias de atraso fui até a clínica fazer uma US. Fiquei agoniada, muito nervosa em ter uma surpresa desagradável!
Felizmente na ultra não deu nada... a boa notícia foi que a "Miss Red" deu sinal que estava para chegar... meu mundo voltou a ficar colorido!!!!

FASE DEPRÊ

Bom, dei uma sumida. Estava numa fase deprê... Não quis escrever nada, não quis falar nada. Fiquei mal, chorava por qualquer coisa, tudo me fazia mal... sei lá. Depressão é assim mesmo... a gente sente mas não se sabe bem o quê e nem porquê!
Mas passou... por enquanto, até a próxima fase deprê chegar!
Está assim mesmo. Um período de altos e baixos. Temos amigos maravilhosos e estamos sempre com eles. A maioria. Mas notei que acabei deixando alguns de lado. Estou em falta com eles. Não propositadamente, mas por conta dessa minha deprê não ando muito a fim de encontrar pessoas, marcar churrascos, conversar sobre tudo... Aos meus amigos peço desculpas. Não os esqueci. Porém por enquanto, ainda não consigo dividir isso com ninguém. Não consigo falar sobre isso com ninguém. Mas vou superar!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O tratamento - primeira parte

Decisão tomada, detalhes acertados recebi um e-mail do Dr Georges com o nosso plano de tratamento. Começaria imediatamente com ácido fólico, vitaminas. Meu marido e eu.
No dia 30/04 - comecarei com o medicamento Lupron. mais pra frente o Gonal e assim vai.
De posse do planejamento tratei tambem de procurar a medicação. além das vitaminas que compramos em farmácias. A medicação era 1 kit de Lupron, gonal 300 Ui e ovidrel.
Depois que recebi o e-mail minha cabeça deu uma reviravolta. Não parei mais de pensar nisso. Chorava sozinha às vezes, do nada, no caminho para o trabalho, às vezes em casa escrevendo esse diário ou em qualquer outra hora do dia ou da noite. Sonhei ateé com gêmeos, acredita?
Eu não sei o que eu farei diante de uma resposta negativa a esse tratamento. Vai ser muito difícil de lidar com isso, mas eu preciso me preparar. E essa angústia, de não saber o que vamos enfrentar pela frente que anda me consumindo.
Me preocupo muito com o meu marido também. Sempre otimista, acha que vai dar tudo certo, começou até fazer as contas de uma provável data para o nascimento do bebê...
Tenho medo tambem de como ele vai reagir... Tenho medo de tudo gente... que angústia...
O jeito é tocar o barco. Hoje comecamos com as vitaminas e ácido fólico. Marcamos de comaprecer na clínica no dia 30/04 quando iniciarei com o Lupron. Comprei os medicamentos e vou recebê-los amanhã. Que Deus nos ajude!

A decisão em partir para FIV/ICSI

A nossa consulta com o Dr Georges foi em um sábado. Nesse mesmo dia, logo após a consulta, viajamos para Campos do Jordão pois era aniversário de uma grande amiga. Foi até bom para ajudar a gente a não pensar somente ñas decisões que teríamos que tomar. Para o meu marido estava tudo certo: partiríamos para a FIV/ICSI. Mas para mim, apesar de achar que seria a melhor solução resolvi pensar mais naquele final de semana. Pesquisei muito em sites, livros e li entrevistas com médicos e concluí que, até poderia tentar uma outra técnica mas as probabilidades seriam menores. Meu marido poderia procurar um andrologista, eu poderia fazer uma videolaparoscopia mas isso nao seria certeza de nada e descobri por outros médicos tambem que as chances de melhora seria poucas e nem tão significativas. Fiquei pensando se valeria o esforço. Pensei na minha idade, 34 anos. Logo completaria 35 e a medida que o tempo passa as chances de sucesso tambem passa, diminui.
Resolvemos então partir para a FIV/ICSI.
Embora o Dr Georges dizer que a Vera que trabalha na clínica faria contato conosco, principalmente porque não sabíamos quanto seria o nosso investimento, resolvi ligar primeiro.
Liguei logo pela manhã e conversei com ela que foi muito atenciosa. Ela me contou que teria uma reunião com o Dr a tarde e que retornaria em seguida.
Não quis procurar outro médico. Senti que seria ele. Não arrependo da nossa decisão. Mesmo que o resultado não seja o que esperamos ( vira essa boca pra lá!). Acredito que fizemos a coisa certa.
Frio na barriga, expectativas, um monte de coisa na cabeça... mas feliz tambem pois, pela primeira vez, teria uma possibilidade real de conseguir o nosso sonho.

Dr George Fassolas

Cheguei ao nome do Dr Georges Fassolas. Um ginecologista especialista em reprodução humana e diretor da clínica Vivitá em SP e Campinas. Tive ótimas referências dele, entrei no site e achei muito bom. Me pareceu ser a pessoa certa. Falarei mais dele durante o meu diário.Resolvi ligar para marcar uma consulta. Consegui ser atendida em um sábado e lá fui eu novamente com a minha pasta de exames, um monte de perguntas e esperanças na cabeça.
Nos simpatizamos com o médico logo de cara. Isso foi bom. ele olhou atentamente todos os exames, nos fez um monte de perguntas. Explicou sobre tuudo pra gente e respondeu a todas as nossas perguntas.
Foi nesse dia que descobri o que eu ainda não sabia: O espermograma do meu marido, que o último que havia feito na Fundação apontava um problema: a morfologia dos espermatozóides - apenas 1% . Pouquinho... me assustou porque eu até então não sabia que isso seria tão sério como diminuir consideravelmente as chances de uma gravidez natural ( praticamente impossível) e tambem outros tratamentos, que a princípio foi o que me indicaram, como o coito programado não seria eficiente.
Além da morfologia, a Histerossapingografia apontou que as minhas trompas são fixas. Nas radiografias elas sempre aparecem arqueadas para o alto. dificultando tambem a probabilidade de 'pegar' um óvulo que o ovário liberasse. Teria que haver duas coisas: um óvulo chegar até as trompas e um espermatozóide daqueles 1% conseguir chegar até o óvulo e penetrar nele.
Conclusão: uma probabilidade muito pequena. Nada que em alguns meses eu conseguiria. O problema não era indução, pois em relação aos meus ovários e ao útero não havia problema algum. tudo bonitinho e com uma excelente reserva óvariana. Essa era a nossa boa notícia.
O diagnóstico do médico então foi partirmos para uma ICSI.
confesso que fiquei um pouco abalada. Pois, para chegar a esse ponto é porque a situação era complicada mesmo. É difícil descrever o que senti naquele momento. É uma mistura de tudo.: alívio por ter uma resposta para o nosso problema, alívio por saber que, apesar de haver um problema tambem haveria uma solução e´medo do que enfrentaríamos pela frente. Mas teríamos que chegar a uma decisão.
Gostamos muito do médico. Foi o primeiro que nos deu tanta atenção e aconteceu aquilo que já mencionei anteriormente: sintonia entre médico e paciente e confiança.

Novamente na estaca Zero!!

no dia seguinte a consulta da fundação até tentei ligar para marcar uma nova consulta com o Dr Maurício. Mas diante da dificuldade em conseguir uma ligação resolvi pesquisar na internet sobre clínicas de reprodução humana.
Cheguei a vários nomes e procurei refereências de todos eles. Entrava no site, entrava em forum de discussões sobre gravidez, lia sobre tudo que encontrava sobre os médicos, as clínicas, etc. Sempre achei que seria um valor altíssimo mas, diante da minha situação, não haveria o que fazer. Achei que poderia facilitar as coisas, sei que é um tratamento que exige muito da gente. Toma o nosso tempo e para não prejudicar tanto o meu trabalho e do meu marido optei no início por algo que achava mais tranquilo, mais perto de casa... Mas no final concluí que, para não prejudicar o meu trabalho eu estava prejudicando a mim mesma. Foi quando concluí que deveria dar prioridade a minha gravidez, ao nosso sonho e resolvi seguir em frente.

FUNDAÇÃO ABC

Pesquisando na internet sobre a Fundação ABC concluí que seria uma boa oportunidade. Aqui na regiãodo ABC não existe muitas opções em clinicas de reprodução e achei que a fundação, devido a proximidade, seria mais fácil de tocar o tratamento.
Sempre encontrei boas referências na internet, depoimentos de quem trata ou já tratou por lá e me animei. Liguei ( dificil de conseguir a ligação) me inscrevi para a palestra, levei a minha vida (exames) a tiracolo e saí de lá umas 2 horas depois com mais alguns exames para fazer. Inclusive o espermograma, o qual deveria ser feito obrigatoriamente lá.
A histerossalpingografia não precisei fazer novamente ( ufa) , mas havia outro exame que ainda nao havia feito: a histeroscopia diagnostica.
Como a guia que me deram não foi aceita no convênio ( o carimbo com o nome da médica estava ilegível) Marquei a primeira consulta, mesmo sem esse exame e quem me atendeu foi o Dr Maurício. Não tenho muito o que falar dele. Me pareceu um bom médico. Olhou todos os meus exames e disse que estava tudo ok, nao havia maiores problemas e que apenas um tratamento de indução, coito programado ou no máximo uma IA resolveria. Fiquei otimista pelo menos. Mas ele falou que precisava fazer a histero e que deveria retornar depois com o resultado e somente apos dariamos inicio ao tratamento. Ele sugeriu para fazer o exame lá mesmo e eu resolvi marcar. Dias depois estava eu novamente na Fundação, o exame marcado para as 12 horas. Meu marido e eu saímos mais cedo do trabalho e chegando lá descobri que, além de mim mais 12 pessoas estavam com o exame marcado para o mesmo dia e mesma hora.
Eu fui a 7ª da fila. Porém o atendimento só começou as 13:30. Por volta das 15 horas fui atendida. Estava tensa no exame. Depois da Histerossalpingografia fiquei abalada...rsss
Mas a princípio estava correndo tudo bem. Quando a médica falou que estava dificil de penetrar o endométrio, tentava novamente, tentava novamente... e eu lá tentando adivinhar o que estava acontecendo porque ninguem me dizia nada ( o primeiro erro grave do dia, na minha opinião).
Depois ouvi que encontraram um pólipo e que deveria fazer uma biópsia. Eu pensei, nossa porque será? Um outro médico, supostamente um aprendiz pois a médica mesmo estava orientando ele e mais umas 3 pessoas ( me senti uma cobaia, segundo erro grave, na minha opinião, não podem fazer o paciente se sentir assim). Foi então que o meu tormento começou. A biópsia consistia em raspar uma parte do endométrio. Nossa... senti muita dor, cólicas , cólicas e dores... não sei descrever. Foi rápido eu acho... 1 min? 2? não sei... mas nao deve ter demorado mas a dor foi imensa. Terminado aquilo. Tive que me levantar sozinha, o 'aprendiz' depois me ajudou a sair daquela mesa, maca, sei lá como chama ( homens constumam ser sempre mais gentis...) e me falou que iria sangrar um pouquinho...
Saí de lá com uma vontade imensa de chorar. Mas nao queria por causa do meu marido. Mas não consegui esconder a minha cara de triste, desolada, como quem se pergunta: "porque eu tenho que passar por isso?".
Fiquei esperando o resultado. Pediram o meu telefone para o resultado da biópsia. Perguntei sobre um protocolo, algum papel para pegar o resultado do exame e me disseram que nao havia nenhum papel. Perguntei como faria para receber o resultado e me disseram que não sabiam. Costumava demorar 45 dias mas que, atualmente demorava mais. Teria que buscar o resultado no Hospital Mário Covas. Mas não sabia quando. Estamos em abril - faz quase 2 meses que fiz o exame e até agora nao recebi nenhum telefonema e não espero por ele. Acho que o resultado não saberei nunca.
Pedi um atestado, afinal perdi toda a tarde lá e precisava justificar no trabalho. Além disso estava com dores e sangrando. Muito desagradável retornar ao trabalho daquele jeito. A enfermeira falou o seguinte: "virou festa agora" (outro erro grave). Fiz de conta que não ouvi.
Marquei então, independente do resultado da biópsia, a consulta com o Dr Maurício. Ficou marcado para o dia 10/03 - acho as 09 horas.
Compareci no dia e horario marcado e, para a minha surpresa descobri que a consulta não era com ele e sim com uma tal de Dra Luciana e não era as 9 e sim as 8 horas!! ( outro erro)
Pelo menos acertei o dia! Como já estava lá... por lá fiquei. A médica chegou por volta das 09:30, chamou uma paciente e, 2 min depois a medica saiu da sala, volta logo em seguida e da porta fala assim para a paciente: "pode colocar a calça que eu vou ter que voltar lá... é que tem horário" . Saiu e não voltou mais. Pelo menos até a hora que desisti e fui embora.
Achei isso um absurdo. Tem hora pra tudo menos para atender os pacientes que estão lá. Acho que um mínimo de satisfação deveria acontecer. Um mínimo de respeito... sei lá. Posso estar parecendo um pouco injusta ou qualquer outra coisa, mas definitivamente aquilo não foi um tratamento decente. Entendo que, quando a demanda é muito acima da capacidade a qualidade na pretação do serviço é comprometida. Um clássico na administração de serviços. Por essa razão, eu prefiro que atendam poucas pessoas, ainda que isso cause uma fila de espera, do que atender todo mundo e ao mesmo tempo nao atender ninguem, nao tratar ninguem...
Não existe muita atenção com o paciente. Novamente vem aquele negócio de afinidade, cumplicidade, confiança, sinergia com o paciente. Se não haver isso... esqueçe. Não vai ter jeito. Eu resolvi desistir da Fundação naquele dia.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Peregrinação - 2

Encontrei um médico no mesmo prédio onde trabalho. Lá vai eu com a minha coleção de exames. Ele olhou tudo, não disse que havia nada de errado com eles. Me explicou algumas coisas, pediu mais alguns exames ( alguns ainda não havia feito), receitou Glifage, disse que eu tinha resistencia a insulina, uma provável causa pois isso inibia a ovulação. Disse para tomar AC Diane 35 e depois retornaria com o Clomid e.. se não adiantesse ele sugeriu procurar uma clínica especializada em reprodução humana.
Conversando com o meu marido, decidimos que deveríamos logo procurar uma clínica. Foi quando cheguei na Fundação ABC.

O primeiro "Tratamento"

Feitos os exames retornamos a médica. Com um novo espermograma, o resultado estava um pouco melhor, a médica disse que apesar de uma quantidade um pouco abaixo era o suficienta para engravidar. Com relação a Histero, tambem tudo normal. Pensei...ufa, não é tão grave assim. Ela então começou o que chamamos de Coito Programado. Que consiste em tomar indutor de ovulação ( clomifeno - Clomid) do 3 ao 5 dia do ciclo e 100 mg por dia. Depois, no 11º dia, uma ultra para verificar o crescimento de um provável folículo. Fiz tudo certinho, na US o bendito médico não colocou no resultado nada sobre o folículo, tamanho, etc. Fiquei P... da vida. Só que fiquei muito mais quando eu liguei para o cel da médica ( o combinado foi esse) e não consegui.
Cx postal, cx postal... pensei, não adiantou de nada. Fiquei muito chateada. Para essas coisas tem que haver sinergia entre médico e paciente. Tem que haver cumplicidade, confiança... senão não funciona. Não funcionou dessa vez. Até continuei como Clomid por mais 2 ciclos. Comecei a fazer contas, para ver mais ou menos a época da ovulação... mas nada.
Adivinha, resolvi procurar outro médico.

A Peregrinação 1

Perdi a conta de quantos médicos eu procurei. Fui a vários. A maioria nem olhou para os meus exames. Outros pediam outros além daqueles. Uma médica, a primeira que consultei, após olhar o espermograma do meu marido disse que daquele jeito seria muito difícil de engravidar. Foi um, "baque" ouvir aquilo logo de cara, fiquei chocada. O segundo, nao olhou os meus exames e pediu outro. Não fiz. Fui a outro, que tambem me pediu mais exames e mal abriu a boca para falar alguma coisa... Nisso havia se passado 2 anos... e nada!
Até que encontrei uma médica que gostei dela ( finalmente). Me pediu um monte de exames, muitos deles já havia feito anteriormente mas refiz. Dentre eles a terrível Histerossalpingografia. Quem já fez sabe o que estou falando... terrível!!! Quase morri naquele dia. Esse exame é uma espécie de radiografia com contraste. O útero é pulsado e colocado uma 'sonda' por onde entra o contraste. E com isso é feito as radiografias para verificar a permeabilidade das trompas.
Um exame que disseram que é rápido mas que para mim foi uma eternidade. Chorei muito, de dor, não aguantava e pedia por favor para parar... uma dor horrível que nunca senti coisa igual.

O começo de tudo

Esse espaço funciona mais como um desabafo. Uma forma de "botar para fora" tudo o que me aflige nesse momento e em segundo, poder compartilhar com as pessoas sobre essa busca que parece nao ter fim.
Para muitos a gravidez e maternidade é apenas uma consequência. Para mim virou um sonho, uma batalha que pretendo vencer. Foi um longo caminho até aqui. Até agora em silêncio ...
Não é facil compartilhar dessa angústia com outras pessoas. O tempo passa e as pessoas começam a perguntar: "e o bebê, pra quando vem?". É muito chato para mim ficar respondendo a mesma pergunta a toda hora. Se eu contasse sobre a nossa dificuldade para engravidar as perguntas aumentariam mais ainda. Sinceramente nunca fui de contar muito sobre mim e tambem nunca gostei de falar sobre isso com a família. Ninguem sabe sobre esse nosso "problema". Nunca comentei sobre nossos tratamentos. Prefiro assim.
Mas agora, diante de uma expectativa que poderá acabar com um final feliz me assusta. Justamente porque significa que apenas poderá ter um final feliz. E só de pensar que o que estamos passando agora seja somente um capítulo de uma looooga história... me assuta.